NANCY VILALTA
( ARGENTINA )
Professora universitária de prestígio.
Poeta e narradora com alento. Convidada extraordinária a importantes eventos mundiais com excelente e informada conferencista.
Por sua excelência poética e acadêmica, foi condecorada como Miembro de Honor com medalha de Ouro da Casa del Poeta Peruano em Huari, Perú. Participa de antologias em nível nacional e internacional. Publicada na revista internacional de Literatura Olandina.
Autora de diversos livros.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
BENDITO SEA TU CUERPO. Resumen del 1er Concurso Mundial de Poesia Erótica – Perú, 2007. Compilador: José Guillermo Vargas. Lima, Peru: Ediciones Ventana Andina, 2008. 358 p. 15 x 21 cm.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
ANTES
Antes mucho antes del diluvio
el límite
era mi cuerpo
Después fueron las aguas
maremotos azules
con su lengua de sal
barriendo las arenas
Fueron labios las yemas
intranquilos canales
por donde navegar
la voz a medias
sílaba incompleta,
táctil había donde una lengua extraña
hundía sus quilla
de fragante madera
Antes del diluvio
el caracol
universo de húmedos mares
atrapaba la sal y sus olas
Inauguro los ojos
de mirar la cruz del sur
y los marineros cometas
de cabelleras errantes
Mi cuerpo límite caracolado de brazos y piernas
estrellándose en intensos acantilados
fue asombroso el mar
la fresca inquietud de la ola
lengua olorosa
donde perder
el borde de las voces
Antes
mucho antes del diluvio
el límite era mi cuerpo
casi un siglo después
los labios no fingen
descalabrar jugosas las letras
como olas azules
lamiendo el encendido horizonte
de los hombres
***
“Para descubrir nuevos océanos
primero tenemos que perder
el temor a dejar la costa.”
Este constante punto final que nos acecha
la luna robada el horizonte
o esos pequeños guiños cómplices
entre tus ojos y los míos
parecen ser amor
genuino equilibrista
frágil
como de humanos devenires
Ah si supiera definirlo
pócima secreta
con esto y aquello
de cilándros y nardos
hortigas lavanda
y una pizca de azafrán.
Perdí la rosa de los vientos
y los abismos de tu cuerpo
son los puntos cardinales
por donde navegan
las velas del deseo
Es fácil decir amor
en el nido húmedo de besos
Inaugurar el verano
aunque el frío penetre la carne
o la lluvia maltrate al día
¿es eso amor
¿extrañarte es amor?
o es espejismo
geografía arenosa
de mis propios desiertos
Gemir sobre la oscura
superficie del vello
rozarlo en mi lengua
hasta erizar los poros
olerte a bocanadas
como si vida y muerte
se jugaran a los dados
entre las sábanas revueltas
¿es eso el amor?
o son mis manos abiertas
volcanes dormidos
que estallan
Hay un punto final
siempre lo hubo
pero sabes
ya no interesa.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
ANTES
Antes muito antes do dilúvio
o limite
era meu corpo
Depois foram as águas
maremotos azuis
com sua língua de sal
varrendo as areias
Eram lábios as gemas
intranquilos canais
por onde navegar
a voz mediana
sílaba incompleta,
táctil havia onde uma língua estranha
afundava sua quilha
de perfumada madeira
Antes do diluvio
o caracol
universo de úmidos mares
atrapava o sal e suas ondas
Inauguro os olhos
de olhar a cruz do sul
e os marinheiros cometas
de cabeleiras errantes
Meu corpo limite caracolado de braços e pernas
batendo em intensos falésias
eras assombroso o mar
a fresca inquietude da onda
língua aromática
onde perder
a margem das vozes
Antes
bem antes do dilúvio
o limite era o meu corpo
quase um século depois
os lábios não fingem
desintegrar suculentas as letras
como ondas azuis
lambendo o aceso horizonte
dos homens
***
“Para descubrir nuevos océanos
primero tenemos que perder
el temor a dejar la costa.”
Este constante ponto final que nos alcança
a lua roubada do horizonte
ou essas pequenas piscadelas cúmplices
entre teus olhos e os meus
parecem ser o amor
genuíno equilibrista
frágil
como de humano transformar-se
Ah se soubesse defini-lo
poção secreta
com isto e aquilo
de cilindros e nardos
formigas lavanda
e uma pita de açafrão.
Perdí a rosa dos ventos
e os abismos de teu corpo
são os pontos cardiais
por onde navegam
as velas do desejo
É fácil dizer amor
o ninho úmido de beijos
Inaugurar o verão
embora o frio penetre a carne
ou a chuva maltrate o dia
é isso o amor?
estranhar-te é amor?
ou é espelhismo
geografia arenosa
de meus próprios desertos
Gemer sobre a escura
superfície do cabelo
roçá-lo em minha língua
até arrepiar os poros
ouvir-te aos poucos
como se vida e morte
brincassem com dados
entre os lençóis amotinados
é isso o amor?
ou são minhas mãos abertas
vulcões dormidos
que estalam
Existe um ponto final
sempre existiu
pero sabes
não mais interessa.
*
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http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/argentina/anrgentina.html
Página publicada em abril de 2024.
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